Gastronomia

Projeto sueco recupera nutrientes do processamento de frutos do mar


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Grandes quantidades de água são usadas durante a limpeza e preparação dos frutos do mar para que estejam em condições de venda e consumo. Por exemplo, são necessários cerca de 50.000 litros de água para processar cada tonelada de camarão descascado.

Pouca atenção foi dada ao desperdício desta água até o momento, pois ela é descartada, apesar de conter nutrientes valiosos. Estes nutrientes podem ser reciclados de volta para a cadeia alimentar, no entanto, não havia maneira de extraí-los das águas residuais até o momento.

Mas agora, uma universidade sueca desenvolveu uma técnica para converter águas residuais do processamento de frutos do mar em fontes de proteína. O projeto NoVAqua, coordenado pela Universidade Chalmers de Tecnologia da Suécia, desenvolveu uma maneira de extrair e aproveitas os nutrientes.

Usando um processo de duas etapas, a equipe de pesquisa conseguiu recuperar até 98% da proteína e 99% das gorduras ricas em ômega 3 dos resíduos. O produto recuperado produziu uma biomassa semissólida e um líquido rico em nutrientes. A biomassa foi utilizada como um componente da alimentação para salmão, enquanto o líquido foi usado para envidraçamento de peixe congelado, necessário para protegê-lo de ficar rançoso durante o transporte.

Um grande desafio da indústria de frutos do mar é administrar o uso de água e aproveitá-la e diversas formas, em vez de desperdiça-la. Isso significa desenvolver novas rotinas de refrigeração e higiene.

A espinha dorsal do projeto é uma abordagem circular, preocupada com o ciclo de vida dos recursos. Além disso, há uma enorme demanda na sociedade por fontes alternativas de proteína.

O projeto NoVaqua se junta a outros projetos recentes destinados a desenvolver essas fontes alternativas de proteína – que incluem uma variedade de alimentos à base de líquen.