Gastronomia

Plástico biodegradável utiliza resíduos de óleo de cozinha


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As preocupações estão aumentando sobre o papel dos combustíveis fósseis no aquecimento global. Isso levou a uma nova urgência em encontrar materiais que possam substituir os produtos derivados de petróleo. Já vimos alguns substitutos para o plástico, como a onda de proibição ao uso de canudos e embalagens de uso único em diversos países, inclusive no Brasil.

Seguindo esta linha, o crafting plastics! studio desenvolveu um bioplástico, que é feito de amido de milho, açúcar e óleo de cozinha usado. O novo material é apelidado de Nuatan e foi desenvolvido em conjunto com cientistas de materiais da Universidade de Tecnologia da Eslováquia em Bratislava.

O novo material pode ser facilmente formado em uma variedade de embalagens de alimentos usando técnicas já existentes, incluindo impressão 3D. Também permanece estável a temperaturas superiores a 100°C. Mais importante ainda, é que ele é totalmente biodegradável e biocompatível. Os projetistas do material afirmam que ele não agride a vida marinha e também é inofensivo quando ingerido por seres humanos.

O custo de produzir Nuatan é atualmente muito alto para torná-lo viável para embalagens em massa. Na verdade, os designers da Nuatan, Vlasta Kubušová e Miroslav Král, usaram pela primeira vez o bioplástico para fabricar armação de óculos, onde o custo do material era menos importante. Eles coloriram o material com pigmentos naturais, como resíduos de café e açafrão. Os óculos usam dobradiças especialmente projetadas que não contêm metal, tornando-as 100% biodegradáveis.

No momento, a dupla de criadores espera poder interessar os investidores em encontrar maneiras de reduzir o custo de produção, tornando-o disponível para uso mais amplo.

Combinando tecnologia com artesanato, crafting plastics! studio espera alcançar um mercado mais amplo para seus produtos sustentáveis, além de aumentar a conscientização ambiental para um público cada vez mais exigente com o consumo.