PONTO DE VISTA – Tecnologia, Turismo e Transformação
Direto do SXSW em Austin.
Em um dos poucos painéis exclusivos sobre viagens no #SXSW, estiveram reunidos Dylan Thuras do site de viagens alternativas Atlas Obscura, Jimmy Keown da agência de marketing digital Digitaria, Leslie Guetller, gerente do Los Angeles Tourism & Convention Board e Seth Kugel, jornalista de viagens do New York Times. O grupo discutiu as principais mudanças de comportamento e as grandes tendências para os próximos tempos.
Sabemos que os negócios turísticos mudaram muito e que nunca houve tanta opção e diversidade de produtos e serviços. Com isso, o cliente está cada vez mais confuso, porém mais maduro e consciente. Cada vez mais a busca das pessoas em suas viagens são experiências relevantes no destino, inspiração e compartilhamento de momentos.
As ferramentas tecnológicas e os apps estão facilitando demais este processo, mas por outro lado, acabam banalizando alguns aspectos relevantes da experiência como uma conversa autêntica, se perder pelo caminho para então descobrir um novo lugar e outras coisas deste tipo.
Talvez em busca da autenticidade perdida, observa-se o aumento das relações peer to peer (entre interessados no mesmo tema, neste caso turistas e viajantes) e a proliferação de plataformas deste tipo como o Airbnb, Couchsurfing, Jump Seat e Vayable. Isto tem uma implicação para diversos atores do segmento turístico, mas principalmente para os hotéis que precisam se adaptar, criar novos formatos, flexibilizar suas regras. A rede hoteleira que criar um sistema de gestão de múltiplas propriedades individuais (como Airbnb), porém com uma chancela de qualidade da marca, sairá na frente da concorrência. #ficaadica
Outra discussão foi sobre a real possibilidade de personalizar viagens online. Já há diversas ferramentas tecnológicas que fazem isso, mas ainda são pouco eficazes em identificar necessidades reais dos indivíduos. Com isso, plataformas como “fale com um local” irão crescer, no estilo Home City Home e outros.
Segundo os especialistas, adventos da tecnologia como realidade aumentada e tecnologia imersiva auxiliarão na escolha da próxima viagem, permitindo vivenciar um certo nível de experiência sobre o destino, sem jamais substituir a viagem em si.
Um dilema importante é que o viajante atual precisa balancear a imensa disponibilidade de informação e correr o risco de super planejar cada momento da viagem ou deixar a experiência mais espontânea O lado bom é o senso de segurança que estas informações proporcionam. Como balancear?
Basicamente, o que enfrentaremos cada vez mais é a dualidade entre viagens e conversas autênticas X o excesso de informação e tecnologia. Nossa recomendação: Beba com moderação!