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Banhos térmicos no Ártico sustentados pelo resíduo dos navios de cruzeiro


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Um estudante de arquitetura do Royal College of Art, em Londres, June Tong, desenvolveu uma proposta para piscinas térmicas no Ártico alimentadas pelos resíduos dos navios de cruzeiro.

O projeto “In Murky Waters” foi elaborado para uma pequena cidade de mineração de carvão em Longyearbyen, Noruega. A cidade, antes dependente da energia movida a carvão como principal impulsionador econômico, agora depende do turismo dos navios de cruzeiros. No entanto, os navios também têm um impacto ambiental significativo para o derretimento do gelo do Ártico.

O modelo atual vê os navios de cruzeiro trazendo volumes incontroláveis ​​de resíduos e turistas para a cidade, tornando-se parasitários e destrutivos para as comunidades do Ártico. Com o projeto, o cenário destaca a situação de forma sustentável.

A ideia é que os banhos termais ajudem a criar uma experiência diferente para os turistas. Os hóspedes poderão desfrutar de banhos termais que são alimentados por resíduos dos mesmos navios de cruzeiro que os transportam.

O banho no Ártico permitirá que cidades, como a de Longyearbyen, continuem se beneficiando da renda proporcionada pelo turismo no Ártico sem o lado negativo do derretimento do gelo.

Na última década, houve um aumento de 400% no número de navios de cruzeiro que visitavam Longyearbyen. Prevê-se até 2050 que o Mar Ártico seja consistentemente livre de gelo durante os meses de verão, dando aos navios de cruzeiro de luxo a oportunidade de explorar o Ártico. Isso não só terá um impacto drástico na fauna e flora do Ártico, mas também levará a um aquecimento global adicional.

Quando o gelo derrete, o oceano fica mais escuro e, por sua vez, absorve mais radiação solar. A consequência é um ciclo de degelo infinito. Quanto mais calor é absorvido, mais gelo derrete e, portanto, maior aquecimento. A proposta de Tong permite que navios de cruzeiro explorem o Ártico sem levar o gelo à extinção.