Tecnologia cria proteína a partir do gás carbônico
Uma empresa finlandesa de tecnologia de alimentos lançou uma proteína em pó feita a partir da poluição do ar. A textura e o sabor do pó, chamado de Solein, são semelhantes à farinha de trigo comum.
No entanto, a produção é completamente diferente da agricultura tradicional. Terra arável não é necessária, nem volumes insustentáveis de água. Um quilograma de Solein requer apenas 10 litros de água, em comparação com os 2.500 litros necessários para criar um quilograma de soja.
O C02 capturado da atmosfera é transformado em uma proteína de célula única através de um processo de fermentação natural facilitado por eletricidade e água. A empresa impulsiona o processo de fermentação com energia renovável, criando um produto negativo em carbono.
Ao contrário da maioria dos recursos, é improvável que o dióxido de carbono acabe. Solein é baseado em um conceito desenvolvido pela NASA. O pó é de 50% de proteína, 20 a 25% de carboidratos e 5 a 10% de gordura.
A empresa proprietária do produto é a Solar Foods, que está trabalhando com a Agência Espacial Europeia para liberar Solein globalmente até 2021. A ideia é fornecer dois milhões de refeições por ano até 2023, pois a produção do pó pode ocorrer em qualquer lugar, principalmente nas regiões onde as mudanças climáticas tornaram a agricultura deficiente.
Muitas empresas estão abordando a insustentabilidade do setor de agronegócios de diferentes ângulos. Da mesma forma, as substituições de produtos estão se tornando mais reais, sem criar os danos ambientais que os acompanham. Se a questão é como equilibrar o desejo de continuar desfrutando de commodities, apesar da ameaça iminente de um desastre climático, a tecnologia pode ser a resposta.