Phocuswright Conference 2018: destaques
A Phocuswright Conference 2018 aconteceu em Los Angeles na semana passada. Como todos os anos, o Disque9 fez a cobertura ao vivo que você pode ver nos destaques na nossa conta no Instagram | @disque9. Esta é a principal conferencia de turismo e tecnologia do mundo, é onde estão os grandes players e onde grandes negócios são revelados e feitos.
Nos próximos dias, faremos posts sobre as start ups mais legais que se apresentaram no palco principal do evento e também algumas análises do que foi falado por lá. Para começar a série, vamos fazer um resumão dos nossos highlights.
1) Gigantes serão gigantes, mas a nova onda pode vir de alguém bem pequeno
Expedia, Booking, Airbnb já não são mais tão sedutoras como antes e suas taxas de crescimento estão no nível mais baixo dos dois dígitos ou em apenas um, porém continuam crescendo.
Estas empresas não apresentaram grandes novidades na conferência deste ano, o que confirma que 2018 foi concentrado em consolidar o que já existe, lidar com questões regulatórias, mudanças no posto máximo de gestão e outras coisitas mais.
Para 2019, veremos um incremento da atenção da Expedia em tours e atividades, além da incorporação mais plena da oferta de acomodações alternativas (HomeAway) em sua plataforma. Já para a Booking, o crescimento será verticalizado e sua plataforma aprimorará opções de reservas de voos, carros e mais. O Airbnb estará pronto para seu IPO em 2019, além de consolidar as opções do Plus e lançar seu programa de fidelidade, que promete ser completamente inovador. E as chinesas? Bom, Ctrip e Alibaba continuarão crescendo significativamente, mas completamente focadas no seu mercado primário.
Certamente, as gigantes tem força, poder e funding para continuar crescendo, porém o gigantismo traz mais peso, menos velocidade e as consequências são maiores. Com isso, é possível dizer que a nova disrupção significativa da nossa indústria poderá vir de uma pequena start up, mais ousada, mais veloz e mais conectada com o que está acontecendo neste momento.
2) A tecnologia é meio para um fim único: satisfazer o cliente
Em meio a tantas buzzwords como inteligência artificial, blockchain, bots, machine learning e ultra personalização é fácil ficar confuso, não saber o que priorizar e o que faz realmente sentido.
Analisando os pitches das start ups e também os comentários dos gigantes que estiveram no Center Stage, concluímos que no final das contas, todas estas soluções devem servir para um único propósito: melhorar a experiência real do cliente. Inteligência artificial vai contribuir para a entrega de um serviço mais personalizado e acolhedor? Go for it. Bots irão ajudar em um atendimento mais ágil e inteligente? Aí sim! Blockchain vai facilitar a vida e desburocratizar processos?
Somente se as respostas forem sim é que faz sentido considerar a implantação destas ferramentas. A tecnologia é meio para desenho de produtos incríveis que entregam satisfação aos clientes em toda a jornada.
E isto tudo, na maior conferencia de tecnologia e turismo do mundo! 😉
3) Está na hora de olharmos para o nosso próprio umbigo
Em algumas das entrevistas do Center Stage, especialmente com o vice-presidente de produto do Google, fizemos perguntas para entender nossos medos.
Estaria o Google se preparando para virar uma OTA, ou pelo menos, um metasearch? Se sim, isso não prejudica todos os negócios do turismo? Cada empresa deve focar em seus clientes e na entrega de produtos e serviços incríveis, certo? Agora pense como usuário: se você fizesse uma busca por uma geladeira nova, não seria espetacular encontrar todas as informações e comparações de preço na própria página do buscador? Sem cliques, sem múltiplos sites e com tudo facilitado, você apenas clica na opção final para efetivar a compra? Então, isso também é verdade para viagens e é isso que o Google está preparado para entregar.
Podemos ficar reclamando ou podemos nos preparar para entregar experiências incríveis para nossos clientes, porque afinal ele compra, voa e se hospeda nas nossas empresas, não é?