Viagens transformacionais são a nova cara do luxo
O que a palavra luxo significa para você? Temos visto muito entusiasmo por viagens conscientes, algo como um antídoto para o excesso pelo qual a indústria do luxo é conhecida.
A ideia não é mais ser excessivo. É fazer parte sobre a comunidade e estar conectado consigo mesmo. A frase é “Eu quero menos para ser mais. ” É isso que uma nova geração de viajantes de luxo quer e as grandes marcar estão começando a reagir à demanda, aderindo à ideia de “viagens transformadoras” como um novo nicho de mercado.
Cunhado pela primeira vez em 2016 pelos fundadores de uma empresa de viagens de aventura, Jake Haupert e Michael Bennet, que lideram o Conselho de Viagens Transformacionais, o termo pretende descrever qualquer experiência de viagem que capacite as pessoas a fazer mudanças significativas ou duradouras em suas vidas.
Esse conceito se originou em viagens de aventura, mas logo se tornou associado a viagens de luxo. Por quê? Porque não há maior luxo hoje do que a realização pessoal. E as viagens conscientes estão levando a ideia de viagens transformadoras a um novo nível, considerando assuntos como direitos humanos e desenvolvimento de comunidades, e não apenas sobre sustentabilidade. É sobre honestidade.
Com uma viagem transformacional, os viajantes buscam mais do que apenas um sentimento de serem transformados ou alcançar algum tipo de realização pessoal. Eles querem saber que suas viagens são, de alguma forma, tão gratificantes para os outros também. É uma erosão das tradicionais barreiras de exclusividade que antes definiam luxo.
As pessoas querem significado e propósito em suas viagens, para criar ou reviver a noção de reconstrução de relacionamentos, bem-estar e autodescoberta. As pessoas querem se sentir como se estivessem fazendo a coisa certa para o mundo e para a região.
Com isso, muito hotéis estão realmente avaliando quais são as opções conscientes para a operação das unidades e em como estão transferindo estas experiências para os hóspedes. Algumas das propriedades do Six Senses, por exemplo, já estão considerando a ideia de destinar alguns quartos dos hotéis para serem reservados por moradores locais por uma quantia especialmente promocional.
Os viajantes de luxo estão cada vez mais procurando gastar dinheiro com marcas que sintonizam com seus valores. Então, sejam os direitos das mulheres ou a igualdade de gêneros, a sustentabilidade ou qualquer outro investimento que poder ser realizado para que o mundo seja um lugar melhor, as marcas conectadas com o turismo precisam começar a trilhar um caminho para ter uma política “for profit”, termo econômico que significa que a empresa usa seus lucros ganhos para reverter em outros produtos ou serviços sem fins lucrativos. É o que por aqui chamamos de Marcas do Bem.