SINETA! Sua postura importa: o (mau) exemplo do Uber


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Se tem algo que sempre afirmamos aqui (e comprovamos com a última pesquisa realizada) é: os consumidores preferem comprar de empresas éticas, responsáveis e transparentes. E vamos mais longe, o consumidor não está só olhando para o processo produtivo ou produto final, mas também para o líder da empresa e seus valores. E os executivos do Uber sentiram isso na pele nesta semana!

Emil Michael, SVP da empresa, declarou que planejava contratar pesquisadores para “descobrir os podres” de uma jornalista que costuma revelar em suas matérias, a postura machista e antiética existente nos bastidores da empresa. Além disso, várias fontes publicaram que o Uber não é nada comprometido com a privacidade dos usuários, permitindo que funcionários tenham acesso livre aos dados. A internet reagiu e já apareceram os pedidos de desculpa e o anúncio de mudanças nas políticas internas.

O produto pode ser o máximo, incentivar o compartilhamento e mais um monte de coisas legais, mas este tipo de postura – cada dia mais – vai SIM colocar seu nome na boca dos formadores de opinião e consequentemente afastar o consumidor.

Um exemplo na hotelaria? Em maio deste ano os hotéis da Dorchester Collection foram boicotados por profissionais da moda por serem propriedade de um sultão de Brunei. O monarca foi o responsável pelo código penal que inclui punições severas, como apedrejamentos, para gays e pessoas que cometem adultério. O executivo da rede declarou na época que o número de reservas caiu e que houve grande perda de receita.

Importa que existe trabalho escravo por trás dos preços baixos? Importa! Importa que produto X é testado em animais? Importa! Importa que o fundador deu declarações preconceituosas? Importa! O consumidor está de olho e vai preferir quem age com ética e transparência.

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