SINETA! Só eu que acho…
SINETA TOCOU! Significa que temos algo importante para contar e que pode impactar no seu negócio. Não deixe de ler antes de curtir seu fim de semana.
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O ano nem começou direito e já está dando sinais de que será tão cheio de discussões calorosas quanto o ano passado.
O primeiro debate nas redes foi por conta da nova campanha da Louis Vuitton com Jaden Smith, ator/cantor/rapper/designer/ditador de tendências com mais de 2 milhões de seguidores no Instagram de 17 anos e filho do Will Smith e Jada Pinkett Smith. O motivo de tanto buzz? Ele aparece usando saia.
Fica claro que a indústria da moda não é o foco da discussão e sim a continuação da conversa sobre questão de gênero. Ação de marketing da Louis Vuitton? Oportunismo? Só para chamar a atenção? Pode ser, mas olha a resposta que o Nicolas Ghesquière, diretor criativo da marca, deu sobre a escolha do Jaden para a campanha: “Ele representa uma geração que assimilou os códigos de verdadeira liberdade, que é livre de manifestos e perguntas sobre sexo.”.
Mas se 2015 foi o ano que unisex tornou-se uma tendência da moda, 2016 a gente vai continuar falando sobre isso?
Vamos analisar, o garoto usando a saia não é unissex, não se trata de gênero neutro ou gênero inclinado ou qualquer outra expressão que usamos para descrever o “estilo” da roupa. O fato que se trata de uma saia igual a todas as outras que nós vemos por aí. Sem nenhum selo gender neutral. É mais fácil aceitarmos que o mundo está mudando do que querer ficar dando nomes para tudo. Não vamos esquecer que há muito tempo as mulheres se apropriaram das roupas masculinas. Agora vamos ver como vai ser o contrário, pois a ideia dos homens se apropriarem das roupas das mulheres ainda é um grande tabu.
Outra discussão que deu o que falar foi sobre o Caio, namorado da youtuber Jout Jout. Nessa terça, dia 05, pela primeira vez ele sentou-se em frente às câmeras – matando a curiosidade de muita gente – para levantar alguns questionamentos sobre a sua identidade racial e sobre a forma como os brasileiros encaram esse assunto. A reflexão foi motivada por atos de racismo de alguns seguidores do canal após “descobrirem” que Caio não era branco. No vídeo, ele fala que toda a discussão o pegou de surpresa, já que não se considerava negro, mas sim pardo. Tudo isso se tornou muito relevante não apenas pela importância dessa questão, mas também porque o canal da Jout Jout é seguido por milhares de pessoas.
A boa notícia é que todas essas discussões que nós vimos por aí nos últimos meses mostram que as pessoas já estão deixando de ser tão críticas com elas mesmas e estão fazendo graça com isso – ainda bem! Exemplo da semana foi o meme “só eu” que tem feito sucesso nas redes sociais. A página Diferentona (já criaram páginas no facebook!) ironiza aqueles comentários típicos que vemos na internet, do tipo: “só eu que amo ler?” ou “só eu acho tal ator feio?”.
Pegando a onda dos memes, algumas páginas de marcas e empresas seguiram a mesma linguagem e conseguiram ser tão engraçadas quanto as das pessoas nas redes sociais. Exemplo é o Ministério do Turismo.